domingo, 8 de janeiro de 2012

Dentro da mente de um assassino

Depoimento do norte – americano Virgil Butler que trabalhou durante 7 anos para uma grande indústria granjeira e quando saiu de lá, expôs ao mundo os horrores do seu trabalho em seu blog (cyberactivist.blogspot.com), se tornou vegetariano. Virgil teve um histórico de alcoolismo, brigas e uma vida pobre. Morreu recentemente aos 41 anos de idade, morando em um. velho trailer



Uma questão que nem sequer é considerada por maior parte das pessoas, nem mesmo por aquelas que lutam pelos direitos dos animais, é os efeitos na mente das pessoas que matam as galinhas. Veja bem, a máquina do abatedouro não consegue cortar as gargantas de todos os pássaros que 
passam, especialmente daqueles que não foram devidamente atordoados. 
Logo, existe aquele que é conhecido como “matador”, cujo trabalho é degolar tais pássaros para que não sejam escaldados vivos no tanque (é claro que ele não consegue pegar todos eles, mas chegaremos a isso depois). 
 (Enquanto você lê isso, tenha em mente que o 
local onde trabalhei era o menor que a Tyson tinha. Eles 
têm alguns tão grandes que lidam com milhares de 
centenas de pássaros por turno. É óbvio que eles têm 
mais de um matador, mas continua sendo apenas um 
por linha. O que acontece é que têm mais de uma 
linha.) 
 Visualize isso: Seu supervisor lhe diz que é sua 
noite na sala de matança. Você pensa: “Droga, vai ser 
uma noite dura.” Não importa como está o tempo lá fora, 
essa sala é quente, entre 30 e 40 ºC. Os tanques de
escaldar mantêm a umidade próxima de 100%. Você 
pode ver o vapor em forma de nuvens. Você veste um avental de plástico para “proteger” suas roupas do sangue e da água quente que limpa o chão e a lâmina da máquina. Você veste as luvas de aço e pega a faca. É bastante 
afiada. Tem que ser. Você pode ouvir os berros das galinhas sendo penduradas de cabeça pra baixo na sala ao lado, você pode ouvir os grilhões se fechando. Você pode ouvir os motores que leva as galinhas como numa esteira. É tudo tão 
barulhento que, se gritar, você não ouve a si mesmo (já fiz isso pra testar). 
Você precisa se comunicar com as mãos caso alguém entre na sua sala. 
Apesar de ninguém entrar, ninguém quer. Eles só entram se for extremamente necessário. E com certeza não querem te assustar. Não quando você tem uma faca afiada na mão. Se você se virar de repente... 
 Aí vêm os pássaros para o matador, pendurados na máquina de matar. 
É hora de ficar ocupado. Você pode esperar por pegar um a cada 4 ou 5, quantos forem que não estiverem atordoados. Lembre-se, vêm uns 180-185 112 por minuto. Tem sangue para todos os lados. Na maquina, no seu rosto, no seu 
pescoço, nos seus braços e por todo seu avental. Você está coberto por sangue. Algumas vezes você tem que lavar o que já começou a coagular, sem tirar os olhos da fila de galinhas. Se você deixa passar uma... E isso certamente vai acontecer. 
 Você não consegue degolar todas, mas você tenta. Toda vez que você deixa uma passar você ouve o grito horrível que ela faz quando tenta se debater dentro da água escaldante. O pior é que você sabe que a cada uma que você vê assim, existiram 10 que você não viu. Você simplesmente sabe 
que acontece. Você torce para que a máquina não quebre ou emperre. Você só quer que a noite acabe e que você possa ir para casa. Mas vai levar no mínimo duas horas e meia para o intervalo. Mais de duas horas matando sem parar. 
No mínimo duas dúzias de galinha por minuto, na melhor das hipóteses; na pior, muito mais que isso. 
 Esse monte de matança e de sangue realmente te afeta depois de um tempo, especialmente se você não tem capacidade para “desligar” suas emoções completamente e se tornar um zumbi robotizado. Você se sente parte de uma grande máquina da morte. E é tratado como uma. Algumas vezes pensamentos estranhos passam pela sua mente. É só você e as galinhas morrendo. Sentimentos surreais crescem no horror da bárbara natureza do seu comportamento. 
 Você está matando pássaros indefesos aos milhares. (75000 ou 90000 por noite). Você é um assassino. 
 Você não pode falar com ninguém a respeito disso.  As pessoas do trabalho vão achar que você é molenga. Sua família  e seus amigos não querem saber sobre isso. Eles sentem-se perturbados e incertos quanto ao que 
falar ou como agir. Eles podem até te olhar estranho. Alguns não querem mais nada com você depois de saber o que você faz para viver. Você é um assassino. 
 No desespero, você manda sua mente para bem longe para que você não acabe como aqueles caras que perdem as deles. Igual aquele cara ajoelhado implorando a Deus por perdão. Ou aquele que foi arrastado pro hospital psiquiátrico por sonhar que galinhas estavam perseguindo-o. Eu tive isso também. [arrepio] É assustador. Você procura outra coisa com a qual se distrair, uma tentativa de sair dessa situação. 
Você precisa manter a mente longe de se afogar naqueles galões de sangue que você vê. Maior parte das pessoas que trabalham nessa sala ou pendurando galinhas usam algum tipo de estimulante para manter o passo e algum tipo de 
calmante para escapar da realidade. 
 Você se torna mais propenso para a violência. Quando você fica nervoso é muito mais provável que você parta para o ataque  físico do que a pessoa com a qual você está brigando. Você está muito mais apto a usar uma arma do 
que antes. Especialmente uma faca. Uma bem afiada. Você é um assassino. 
 Você começa a sentir desgosto por si mesmo, pelo que você fez e continua fazendo. Você fica envergonhado de dizer aos outros o que você faz à noite enquanto eles estão dormindo em suas camas. Você é um assassino. 
 As pessoas tendem a te evitar, mesmo as do frigorífico, talvez por instinto ou porque eles sabem o que você faz e não conseguem entender como você pode fazer isso toda noite. Tem que ter alguma coisa errada com você. 
Você tem o cheiro da morte em você. Você é um assassino. Um assassino em massa. 
 Você eventualmente desliga as emoções. Você simplesmente não consegue se importar com nada. Porque se você se importar, o portão para os maus sentimentos fica aberto, você não consegue senti-los e continuar trabalhando. Existem contas a pagar. Você precisa comer. Mas não galinha. 
Você precisa estar realmente esfomeado para comer galinha. Você sabe o que está embutido em cada mordida. Todo o horror e negatividade. Toda a brutalidade... concentrada em cada mordida. 
 Muitas pessoas que fazem isso se tornam violentas. Elas cometem crimes. Os que já eram criminosos escalam em gravidade no que fazem. Você não pode ter uma consciência forte e matar criaturas viventes todas noites. 
 Você se sente isolado da sociedade, você não é parte dela. Sozinho. 
Você sabe que é diferente da maioria das pessoas. Elas não têm visões de mortes horríveis na cabeça. Eles não viram o que você viu. E eles não querem ver. Eles não querem nem ouvir a respeito disso. 
 Se ouvissem, como poderiam comer o próximo pedaço  de galinha? 
 Bem-vindo ao pesadelo do qual escapei. Eu estou melhor agora. Eu me dou bem com os outros, pelo menos, na maior parte do tempo... 




Sábado, 31 de Agosto de 2003 - 7h49 da manhã 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Frango na banheira

Vivemos numa sociedade que a todo instante somos convidados a participar da exploração animal. 
Propagandas tendenciosas exploram os animais e  sem abrirmos espaços para questionamentos achamos bonitinho um frango que todo alegre toma banho e se prepara para a morte. Todo essa mentira está incrustado em nossa mente. É preciso abrir espaços para reflexão.
Qual é a lógica em se preparar com tanta animação para a morte??

sábado, 31 de dezembro de 2011

A&A - Abolicionismo Animal



Nossa luta é contra...
...OS RODEIOS, animais são torturados, machucados sofrem torturas físicas e psicológicas através do sedém, choques elétricos e outras agressões;
CULTURA?

NÃO. TORTURA.



...AS RINHAS, galos e canários são treinados para matar, lutam até ficarem fortemente feridos ou até a morte para satisfazer os desejos insanos de seus donos e simpatizantes;
LAZER?
NÃO. CRIME!


...A PSEUDOCIÊNCIA, os animais servem de cobaias, sofrem as maiores atrocidades para massagear o EGO de alguns cientistas;
CIÊNCIA?
NÃO. GANÂNCIA!


...AS VAQUEIJADAS, animais são montados, sofrem lesões físicas através de chicotadas, esporas e outros apetrechos além de ficarem amarrados, com fome e sede durante a noite enquanto seus donos se divertem;
ESPORTE?
NÃO. MALTRATO!


...CIRCOS em que animais são expostos, aprisionados, maltratados, motivos de risos humanos;
ENTRETENIMENTO?
NÃO. HUMILHAÇÃO!


... INDÚSTRIA DA PELE, animais são mortos de maneira cruel ou esfoliados vivos para manter suas peles intactas para fazer roupas e outros utensílios;
LUXO?
NÃO. FUTILIDADE!


...ABATE HUMANITÁRIO, morte dos animais com menos sofrimento;
BONDADE?
NÃO. LUCRO!
... TRÁFICO E CATIVEIRO captura e confinamento de animais para a comercialização;
BICHINHO DE ESTIMAÇÃO?
NÃO. SEQUESTRO E PRISÃO PERPÉTUA!


...TRABALHO EXCESSIVO, animais são chicoteados e obrigados a puxar cargas pesadas;
TRABALHO?
NÃO. ABUSO DE PODER!


ABANDONO, abandonar animais nas ruas, passando fome, frio, sofrendo agressões covardes e exageradas;
DESTINO?
NÃO. AMEAÇA HUMANA!


...EUTANÁSIA, mortes de animais por envenenamento, eletrocução e pauladas;
CONTROLE POPULACIONAL?
NÃO. CRUELDADE!


CAÇA E PESCA, animais vivendo apenas para atender os interesses humanos;
ALIMENTAÇÃO E LAZER?
NÃO. NEGLIGÊNCIA!


A INDÚSTRIA DA CARNE, morte, dor, sofrimento, sangue para atender ao paladar humano;
NECESSIDADE NUTRICIONAL?
NÃO. VIOLÊNCIA!


...ENFIM, nossa luta é contra todos os abusos cometidos contra os animais não humanos.
TRADIÇÃO?
NÃO. IMPUNIDADE!




Leide Carneiro

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Associação cristã faz trabalho social e vegetariano em São Paulo



A Associação Cristã Corrente de Luz é uma ONG que ajuda famílias em situação de vulnerabilidade sócio-econômica. Foi idealizada e fundada por um dos maiores exportadores de carne do Brasil. O empresário, buscando sua espiritualidade, decidiu se tornar vegetariano e parar imediatamente com o negócio que envolvia exploração de animais.


Hoje, ele se dedica integralmente a este projeto. Na sede da associação, que fica em Santana de Parnaíba (45km de São paulo), existem vários espaços para ajudar ao próximo, como serviços odontológicos, refeitórios, salas educacionais, espaços recreativos e artísticos, piscina e muito mais. A ONG acolhe centenas de crianças carentes da região e promove uma mudança significativa que começa dentro do coração destas crianças, resgatando a dignidade e incentivando o amor.




São mais de 50 funcionários cuidando de tudo isso. No refeitório, que serve apenas comida vegetariana, as crianças aprendem mais sobre vegetarianismo da melhor forma: comendo! O empresário está ampliando seu refeitório e garante que, em breve, toda a alimentação servida ali será vegana.






Além disso, as crianças atendidas têm contato com animais de rua que são resgatados e cuidados pela ONG, uma forma direta de educação sobre posse responsável.


Embora seja cristã, a associação não é apegada a dogmas e a lei maior que move todos por lá é o amor ao próximo e à caridade.


Associação Cristã Corrente de Luz
Telefone: (55 11) 4154-4850
Rua Professor Edgard de Moraes, 120 A
Centro – Santana de Parnaíba/ SP
comunicação@correntedeluz.com


Texto recebido por e-mail do site vista-se

O peru pregador



Um belo peru, após conviver largo tempo na intimidade duma família que dispunha de vastos conhecimentos evangélicos, aprendeu a transmitir os ensinamentos de Jesus, esperando-lhe também as divinas promessas. Tão versado ficou nas letras sagradas que passou a propagá-las entre as outras aves.


De quando em quando, era visto a falar em sua estranha linguagem "glá-glé-gli-gló-glú". Não era, naturalmente, compreendido pelos homens. Mas os outros perus, as galinhas, os gansos e os marrecos, bem como os patos, entendiam-no perfeitamente.


Começava o comentário das lições do Evangelho e o terreiro enchia-se logo. Até os pintinhos se aquietavam sob as asas maternas, a fim de ouvi-lo. O peru, muito confiante, assegurava que Jesus-Cristo era o Salvador do Mundo, que viera alumiar o caminho de todos e que, por base de sua doutrina, colocara o amor das criaturas umas para com as outras, garantindo a fórmula de verdadeira felicidade na terra. Dizia que todos os seres, para viverem tranqüilos e contentes, deveriam perdoar aos inimigos, desculpar os transviados e socorrê-los.


As aves passaram a venerar o Evangelho; todavia, chegado o Natal do Mestre Divino, eis que alguns homens vieram aos lagos, galinheiros, currais e, depois de se referirem excessivamente ao amor que dedicavam a Jesus, lançaram frangos, patinhos e perus, matando-os, ali mesmo, ante o assombro geral.


Houve muitos gritos e lamentações, mas os perseguidores, alegando a festa do Cristo, distribuíram pancadas e golpes à vontade.


Até mesmo a esposa do peru pregador foi também morta.


Quando o silêncio se fez no terreiro, ao cair da noite, havia em toda parte enorme tristeza e irremediável angústia de coração.


As aves aflitas rodearam o doutrinador e crivaram-no de perguntas dolorosas.


Como louvar um Senhor que aceitava tantas manifestações de sangue na festa de seu natalício? Como explicar tantas maldades por parte dos homens que se declaravam cristãos e operavam tanta matança? Não cantavam eles hinos de homenagem ao Cristo? Não se afirmavam discípulos dEle? Precisavam, então, de tanta morte e tanta lágrima para reverenciarem o Senhor?


O pastor alado, muito contrafeito, prometeu responder no dia seguinte. Achava-se igualmente cansado e oprimido. Na manhã imediata, ante o sol rutilante do Natal, esclareceu aos companheiros que a ordem de matar não vinha de Jesus, que preferira a morte no madeiro a ter de justiçar; que deviam todos eles continuar, por isso mesmo, amando o Senhor e servindo-o, acrescentando que lhes cabia perdoar setenta vezes sete. Explicou, por fim, que os homens degoladores estavam anunciados no versículo quinze do capítulo sete, do Apóstolo Mateus, que esclarece: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores". Em seguida, o peru recitou o capítulo cinco do mesmo evangelista, comentando as bem-aventuranças prometidas pelo Divino Amigo aos que choram e padecem no mundo.


Verificou-se, então, imenso reconforto na comunidade atormentada e aflita, porque as aves se recordaram de que o próprio Senhor, para alcançar a Ressurreição Gloriosa, aceitara a morte de sacrifício igual à delas.




Por Francisco Cândido Xavier & Neio Lúcio; Alvorada Cristã